Antes de começar a falar sobre como foi o quatro encontro do H²
Sustentável, gostaria de prestar contas com todos os leitores e explicar a
minha ausência. Não sei se todos sabem, mas me mudei. Não apenas de casa, mas
me mudei de estado, de vida, de estilo de vida. Não, não casei, não fiquei
louca e nem passei a fazer parte de algum retiro voluntário. Vamos por partes.
Me mudei para o Pará. Para o interior do Pará. Mais
precisamente Ourilândia do Norte, uma cidade localizada em uma área remota. Ou seja, difícil acesso, pouquíssima infraestrutura (quando digo
pouquíssima, é pouquíssima mesmo, do tipo, falta o básico, como asfalto, esgoto, energia) e
demandas de todos os lados. É uma cidade relativamente próxima a Carajás (aqui 300km é perto) e
apesar do pouco investimento feito desde seu nascimento (a cidade tem 23 anos),
é rica em recursos naturais e um polo de pecuária.
Para vocês terem ideia do que eu falo, a picanha aqui custa
12 reais o quilo, a metade do que custa no Rio. Mas em compensação, todo o
resto é bem caro por dois motivos: distância (dizem, não sei se é verdade, que
até alimentos não é abundante por aqui) e porque o povo acha que quem vem de fora é rico (alguém saberia me dizer por qual outro motivo uma
Coca-Cola de 2 litros custa 6,90 no supermercado?)
Então, aqui em Ourilândia está a primeira mina de níquel da Vale no Brasil., que entrou em operação em maio. É a menina dos olhos da Vale. Para encerrar o
assunto, faço parte da equipe que está cuidado da sustentabilidade do projeto e
por isso ficarei aqui por um bom tempo.
Agora entrando no H² Sustentável, o quarto encontro
aconteceu na quarta retrasada, no Centro do Rio. Na ocasião, tivemos a ilustre
presença de Otávio Barros, presidente da cooperativa do Vale Encantado, que
fica no Alto da Boa Vista, e oferece turismo sustentável a quem vai lá. Ele
contou como funcionam a cooperativa, a associação de moradores, as demandas do
local e, principalmente, do risco de especulação imobiliária, já que o prefeito
está inclinado a emitir licenças, sendo que a área está no coração da Floresta
da Tijuca que, para quem não sabe, é a maior floresta urbana do mundo.
Durante o passeio no Vale Encantado, as pessoas
se deparam com iguarias feitas por cozinheiras locais. Lembram que eu citei o
jacalhau, o famoso bacalhau de jaca, tão falado na rede desde o primeiro
encontro? Pois bem, tem o jacalhau, a empadinha de jaca, o pudim de chuchu e
muitas outras coisas deliciosas feitas com ingredientes que nem imaginamos.
A paixão com que o Otávio falava do Vale Encantado foi
empolgando tanto os presentes, que tomamos a decisão de fazermos o quinto H²
Sustentável completamente diferente dos quatro encontros anteriores. Será no
dia 13 de agosto, um sábado, lá no Vale Encantado. Não faremos a trilha, mas
comeremos muita coisa boa! E durante a farra, faremos um quiz sobre sustentabilidade com direito a prêmio aos vencedores.
Ainda estamos pensando em como será a logística (sugiro que
quem tenha, vá de carro e se puder, dê carona) e certamente haverá um custo,
que temos de ver com o Otávio de quanto será. Mas é legal que as pessoas interessadas
demonstrem interesse para viabilizarmos o evento.
Estarei no Rio nessa época, então já deixo confirmada a
minha presença. Mas a responsabilidade pela organização será do Saulo e um
pouco da Eloá. Aos interessados já peço que façam a confirmação por email
dizendo se possui carro, se pode dar carona e de onde sairia a carona.
É isso, galera! Vou mantendo o blog atualizado na medida do
possível e adianto que a Agência não vai parar ou acabar. Apenas estou um "pouco" distante.