Na era da internet, informação de
qualidade vale ouro. Somos assolados diariamente por um sem fim de conteúdo
irrelevante, o que nos faz gastar tempo à procura de boas informações. Por
questão de otimização de tempo e praticidade, muitas das minhas fontes de
conhecimento acabam que vêm do mundo off-line porque lá eu sei exatamente onde
ir.
Em novembro do ano passado,
conversando sobre uma parceria com a Cengage
Learning, uma editora que é um dos meus refúgios off-line para bom
conteúdo, tomei conhecimento de uma ferramenta de pesquisa incrível, de valor
que eu sequer consigo tangibilizar e que a CAPES disponibilizou para todo o
país.
Dividida em seis bibliotecas, por
meio dela posso acessar muito conteúdo (muito conteúdo mesmo) relevante, não só
em minhas pesquisas sobre sustentabilidade e economia, mas diversos outros assuntos
do meu interesse.
A National Geographic, acredito que maioria
sabe, é uma revista com conteúdo voltado para ciência, meio ambiente, descobertas,
outras culturas e afins. As edições estão todas digitalizadas. E quando digo
todas, são todas mesmo. Só para vocês terem uma ideia, está lá disponível a
primeira edição da revista. Sabe de quando? Outubro de 1888.
Outro periódico super relevante,
o Economist, está disponível para
pesquisa desde 1843. É simplesmente um acervo sobre a recente história da
economia e da política no mundo. O que não necessariamente é uma coisa boa,
afinal, ali está a prova viva do fracasso mundial desse capitalismo que ainda
teimamos em seguir e do fracasso social e político de muitos países. E seguindo
a mesma linha, tem a biblioteca do Financial Times.
Ah, Julianna, mas o Economist e o
FT são muito focados em Europa. Quero uma coisa mais próxima da minha
realidade!
Bem, apesar de no mundo
globalizado todo mundo ter rabo preso com todo mundo (de que outra forma um
país com 300.000 habitantes, no meio do nada, causaria tanto alvoroço na
economia mundial, como fez a Islândia em 2008?) e tanto o Economist, quanto o
FT dedicarem espaços consideráveis à política e economia brasileira, sim posso
até concordar com vocês.
Para quem quer acessar conteúdo
mais regional, a biblioteca indicada é a Gale World Scholar, um portal que
reúne uma série de documentos (periódicos, relatórios, revistas, estudos,
estatísticas) sobre América Latina e Caribe desde 1800 até a nossa história
recente. Em uma busca rápida, achei material sobre a nossa história política,
direitos humanos, a nossa história sindical... Só a pesquisa já é viciante,
imagina ler o conteúdo!
Para historiadores e curiosos, um
prato cheio é a biblioteca sobre o século XIX, a Nineteenth Century que apresenta
diversos manuscritos, mapas, jornais, fotografias dos anos de 1800 e bolinha. E
finalizando, tem a biblioteca Sabin Americana, que, baseada na
bibliografia de José Sabin, reúne trabalhos publicados sobre as Américas, desde
1500 até o início do século XX. Ou seja, outro prato cheio para historiadores e
curiosos.
As bibliotecas são simplesmente
incríveis. Imagina todo o trabalho de reunião de acervo, digitalização, criação
dos portais... Só que, na minha opinião, nada disso teria valor se o acesso
fosse elitizado. Porque hoje, o grande abismo na internet, não é quem está
dentro ou quem está fora. Mas quem pode acessar o que.
Por isso, o que mais me chama
atenção por todo o trabalho minucioso disponibilizado pelo CAPES e pela
Cengage, é o fato de ele ser gratuito. E é por isso que faço questão de compartilhar
essa informação.
ATENÇÃO: A senha que deve ser digitada na tela de entrada é a palavra que aparece logo acima do local de senha. Para mim, em todas as bibliotecas, a palavra era capesnatgeo. E todas funcionaram!