
Para quem não lembra, as
bibliotecas são de publicações da National
Geographic, Economist,
Financial
Times, Gale
World Scholar, Nineteenth
Century e Sabin
Americana. Acontece que a parceria ampliou e mais e mais bibliotecas foram
disponibilizadas ao público, sobre os mais diversos assuntos como literatura, relações
internacionais e direito. Agora são 17 bibliotecas
e uma delas me chamou atenção: Slavery
and Anti-Slavery: a transitional archive.
Apesar de não ter estudado História,
um dos meus livros favoritos é de um dos mais importantes historiadores do
mundo, Era dos Extremos, do Eric Hobsbawn. Nesse livro uma das coisas mais
importantes que ele escreveu, que é a base para qualquer planejamento
estratégico, é que você precisa conhecer o passado para entender o presente e
projetar o futuro.
Trazendo a biblioteca sobre escravidão
e abolicionismo para esse contexto, é provável que muitas respostas sobre a
formação da nossa sociedade estejam lá, em documentos e registros de muito, muito
tempo atrás. Para historiadores, cientistas sociais, cientistas políticos e
antropólogos, essa biblioteca tem valor inestimável. Para curiosos como eu, é
conhecimento. E conhecimento, meus caros, não faz o dedo cair ou dá dor de
barriga. Portanto, pode ser consumido sem moderação.
O grande barato dessa biblioteca
é que os documentos sobre escravidão não são exclusivos de um período ou uma
região. Eles são globais. E não estão apenas em língua inglesa. Para exemplificar,
como exercício, coloquei Brazil na busca e mais de 100 documentos apareceram, muitos
seculares, tipo, 1600 e bolinha, até documentos “recentes”, como um trabalho
acadêmico de Gilberto Freyre de 1963 sobre o anúncio de escravos no Brasil do século
XIX.
Pelo que pesquisei sobre essas
bibliotecas, em várias partes do mundo o acesso é pago. Aqui a CAPES
disponibiliza gratuitamente. E repetindo o que disse a primeira vez que escrevi
sobre esse serviço: o grande abismo na internet, não é quem está dentro ou quem
está fora. Mas quem pode acessar o que. Por isso o grande
valor por todo o trabalho minucioso disponibilizado pela CAPES e pela Cengage.
E para acessar, é bem simples,
não precisa de cadastro nem nada, basta clicar na biblioteca desejada e colocar
a senha capesnatgeo, que funciona em todas as bibliotecas.