quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sustentabilidade gerando lucro, empregos, renda e vida

Ok, a informação não é nova, mas vale a pena escrever sobre o assunto. Não sei dizer quem inventou, quando foi criado, quem é o pai da ideia no Brasil e nem quem é a empresa pioneira em comercializar o produto. Mas acho, também, que isso, no contexto do post, se torna irrelevante.

Lembram quando há uns cinco, seis anos, entregar um cartão de visitas de papel reciclado ou mesmo fazer a folheteria da empresa com esse papel impressionava o cliente ou a pessoa com a qual se estava fazendo networking? Pois é, hoje isso é basicão do basicão e não só não impressiona mais ninguém, como empresas que sequer sonham em ser sustentáveis usam isso como artifício de ganhar reputação.

Lembram-se dessa imagem que eu capturei no Google e escrevi um post sobre ela há quase um ano


Hoje papel reciclado e mesmo o certificado já não impactam mais como antes e é meio que uma obrigação das empresas, principalmente as grandes. Já tinha ouvido falar, mas ontem, no TEDx pude conhecer um pouco do trabalho da Papel Semente. É uma empresa daqui do Rio, mais precisamente de São Gonçalo, que recicla papéis usados e mistura no processo sementes para que após o descarte elas possam ser plantadas.

Não são todas, mas há diversas sementes que podem ser utilizadas na confecção do papel e isso vai variar de acordo com a preferência do cliente: cravo, camomila, manjericão, rúcula, salsa etc. O tempo de germinação varia, mas em média as mudas surgem a partir de 20 dias de plantação. Vale lembrar que como seres vivos, elas devem receber cuidados como água e luz.

O papel semente, apesar de existir há mais tempo no mercado mundial, é bem recentemente novo no Brasil, coisa de dois, três anos no máximo. E tem um altíssimo valor agregado, ainda mais quando está ligado a projetos como o Tear (http://www.projetotear.org.br), de Guarulhos, que ministra oficinas de confecção do papel (dentre outras ações) a pessoas em situação de sofrimento psiquiátrico, proporcionando-lhes renda e convívio social.

Há ainda outros projetos e outras empresas que produzem e comercializam o produto, como a Papel Semente no Rio (http://www.papelsemente.com.br) e a Papel Solidário em São Paulo (http://www.papelsolidario.org.br). O mais legal da história é que, não sei dizer em relação às outras organizações, mas ao menos na Papel Semente, o preço dos cartões de visita são mais baratos que fazer reciclado em qualquer gráfica. Ou seja, mais bonito, mais valor agregado e mais barato.

Mas mesmo apesar de ainda não ser tão conhecido, o papel semente já está sendo um prato cheio para as ações dos departamentos de marketing e/ou comunicação e mais um motivo para ficarmos de olho. Afinal, não é porque uma empresa envia a seus clientes ou qualquer outro stakeholder um papel que vai gerar vida que ela se torna sustentável por isso.

E como é uma informação útil, pergunto: vocês conhecem outras empresas/ONGs que comercializam o papel semente no Brasil?

0 comentários: