Motivada pelo livro “The top 50
sustainability books”, lançado em 2010 pelo programa de liderança em
sustentabilidade da Universidade de Cambridge, há quase três anos
escrevi aqui no blog minha lista dos cinco melhores livros de sustentabilidade
corporativa e breves comentários sobre eles.
É engraçado como minhas
referências atuais não são baseadas em nenhum dos livros que, outrora, fizeram
parte do meu top 5. Não que eles não sejam bons; eles continuam sendo muito bons,
mas é que nesse meio tempo surgiram livros ainda melhores e visões com as quais
me identifico mais, inclusive dois livros bem antigos que eu ainda não tinha
lido na época, mas que são perfeitos para o momento atual, mesmo tendo sido
escrito há mais de 15 anos.
Para quem se interessar pela
antiga lista, que continua muito válida, o post é esse: http://goo.gl/op6mu5.
E aí, pensando sobre como fui
muito impactada por alguns livros nesses três anos, principalmente no último
ano, resolvi fazer um novo top 5, seguindo os mesmos moldes do anterior.
Digo sem a menor dúvida que esse
livro não é só o melhor de sustentabilidade corporativa, mas o melhor que já li
na vida (ok, confesso que gosto de uma leitura pouco digerível pela manhã). É
simplesmente uma porrada no estômago e uma visão muito pragmática sobre como a
sustentabilidade pode (e vai) impactar o modelo de negócios das empresas. Sabe
o que é mais chocante? Esse livro foi escrito no final da década de 90. Se é desconcertante
hoje, imagina na época?
Capitalismo climático (The way out: kick-starting capitalism to save our economic ass)

Canibais com garfo e faca (Cannibals with forks)

Corporação 2020 (Corporation 2020)

Muito além da economia verde
Único livro “brasileiro” da lista,
também lançado no ano passado, Muito além da economia verde, escrito pelo
professor Ricardo Abramovay, é um livro sem cerimônias e toca o dedo na ferida.
De acordo com o professor, melhoria de processos não é o suficiente enquanto
mantivermos nossa cabeça voltada para um modelo de consumo do século passado. E
nessa lógica, ele fala que não somente o tripé da sustentabilidade é insuficiente, mas é fundamental aliá-lo à tecnologia e sociedade em rede e que a
palavra chave do futuro é compartilhamento. Uma delícia!
Fazendo uma análise as duas
listas de TOP 5, chego à conclusão de que a primeira lista era muito focada na sustentabilidade do ponto
de vista do planejamento das empresas e da sua gestão. Três anos depois o (meu)
foco mudou para a questão econômica e os impactos nos modelos de negócio e esses livros são colírio para meus olhos. Não à toa, a maioria deles escrita por... economistas!
Bom saber que não sou uma louca solitária, ainda que esse tipo de visão esteja muito longe dos tomadores de decisão nas empresas.