terça-feira, 3 de agosto de 2010

Uma carta ao presidente do Instituto Brasileiro de Florestas

Caro Solano Martins, na última quarta-feira, quando expus o plágio do meu conteúdo por pessoas do IBF, você deixou o seguinte comentário:

"Prezada Juliana,

Meu nome é Solano Martins Aquino, um dos fundadores e atual Presidente do Instituto Brasileiro de Florestas.

Gostaria de esclarecer que nosso objetivo como instituição e eu como cidadão é de promover ações que possam despertar a consciência ecológica nas pessoas de forma ética e responsável.

Reconheço a importância do seu trabalho e vou solicitar que nosso departamento responsável inclua os créditos quando publicarem a Agenda de cursos de sustentabilidade.

Caso tenha interesse podemos abrir uma conta em nosso site para que você possa postar seus artigos. Hoje o site do IBF tem mais de 60 mil acessos orgânicos/mês.

Juliana, temos que somar forças e jamais dividir, tratando-se de causas nobres como a nossa.

Parabéns pelo trabalho.

Continue firme!

Abraços.

Solano"

Achei estranho o conteúdo, uma vez que meus pais me ensinaram que quando a gente faz algo errado, o mínimo para reparar é com um pedido de desculpas. Mas enfim, como meu objetivo era ou o fim do plágio, ou os devidos créditos, relevei esse “pequeno” detalhe e por RESPEITO aos meus leitores, fiz a agenda de agosto. E dei um voto de confiança a você, de que o problema não mais se repetiria, apesar das tentativas frustradas de contatos anteriores.

Acontece que hoje, ao entrar no site do IBF, me deparei com a prova do que esse instituto realmente é. Além de não darem os devidos créditos de um trabalho que foi realizado por mim, vocês mudaram o endereço do encurtador para que assim não ficasse óbvia a identificação do plágio. Que pobreza de espírito, caro Solano, ou seja lá quem tenha cometido a atitude mesquinha! E ainda fizeram o favor de me descadastrar do mailing para que não mais recebesse o plágio no comodismo de minha caixa de email.

Pergunto: dar o crédito apodrece o dedo? Para uma organização que diz despertar a consciência ecológica nas pessoas de forma ética e responsável, tem alguma coisa desalinhada. Ou os valores do Instituto não são os que você diz ser ou tem alguém aí com caráter insuficiente para trabalhar na instituição.

Tem certeza que a postura que vêm tendo comigo é ética? Você, como um dos fundadores, acha que vale a pena expor a organização assim por causa de meia página de conteúdo na newsletter? Esse fato abre a porteira para uma série de questionamentos do tipo: será que vocês realmente plantam todas as árvores que prometem a cada seguidor no twitter ou isso não seria nada mais que greenwashing?

Na boa, Solano, não quero saber da parceria, não quero saber de unir forças. Meus valores são incompatíveis com os do IBF. Já salvei todo o conteúdo dos links que provam o plágio. Se eles não saírem do ar até o final da semana, entregarei todo material a um advogado e aí a gente vai resolver da forma mais chata possível. Não quero dor de cabeça, mas não sou idiota. Se tiver de ir até o final, eu vou.

1 comentários:

Julianna Antunes disse...

Uma carta ao presidente do Instituto Brasileiro de Florestas foi escrito e publicado no dia 03/08/10