quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A importância da água em nossas vidas

Falar de água no Brasil nesses últimos, sei lá, 12 meses, é assunto quente. Não moro em São Paulo, nunca passei por esse tipo de racionamento, mas esse é um tema que chama, e muito, a minha atenção. Ao contrário do que parece, falar de água vai muito além dos problemas que a falta dela pode acarretar para o nosso banho e para a nossa cultura do desperdício.

Em nosso corpo, de 60 a 65% dele é composto de água. Ela está no músculo, no sangue, na gordura, no tecido ósseo... Logo, para manter essa estrutura sadia, é fundamental a ingestão de água. Pode parecer idiotice falar isso, mas ainda que seja óbvio, sim, as pessoas bebem pouca água, sim, elas se esquecem de beber água, sim, elas não bebem água (sério, isso existe).

Quando se fala de hidratação em geral, sempre houve uma grande polêmica se o correto era se focar fundamentalmente na água ou se outros líquidos, como sucos, isotônicos ou, até mesmo, refrigerantes, supririam essa necessidade.

Vamos lá. Eu trabalho com carbono, inovação e novos modelos de negócio. Minha formação acadêmica e minha experiência como atleta amadora nem de longe me capacitam a opinar nesse imbróglio. Acontece que essa é uma questão que é importante para qualquer pessoa. E não canso de repetir: saúde tem muito a ver com sustentabilidade.

Sou muito feliz e muito grata pela sorte e pela oportunidade de fazer parte de um grupo que todos os anos se encontra com pessoas referências em diversos temas de interesse, de forma que possamos compartilhar as boas experiências. E o último encontro da Coca-Cola no ano passado me permitiu entender a questão da hidratação e da relação água x outros líquidos.

Lembram quando falei aqui que as pessoas tendem a demonizar os adoçantes? É a mesma coisa com qualquer líquido diferente da água. E para desdemonizar qualquer líquido, assim como mostrar a importância da hidratação para o nosso corpo, bati um papo muito, muito bom com o José Rubens D’Elia, especialista em fisiologia do exercício e um super preparador físico de vários atletas de alto rendimento.

Como atleta amadora, sempre ouvi que o consumo de bebida isotônica deveria ser feito com muito cuidado (coisa de só ingeri-la após o 10km de uma corrida, por exemplo), pois além da hidratação, ele repõe sais minerais perdidos durante uma atividade física. O que eu mais ouvi é que muita gente faz uso indiscriminadamente e que isso poderia acarretar problemas de saúde, já que poderia ocasionar desequilíbrio de sais minerais, no caso pelo excesso.

E foi aí que o Dr. D’Elia tranquilizou todo mundo dizendo que em qualquer perda de líquido há a perda de sais minerais. É claro que não me vejo almoçando na companhia de um isotônico (a menos que seja a água de coco - por questão de gosto!), mas ele é muito mais inocente do que sempre imaginei.

Além dessa importante dica sobre isotônicos, o Dr. D’Elia deu várias outras. Quer mais uma? Quando estamos à beira mar, devemos ficar mais atentos à reposição de líquidos e isso não tem a ver com a questão do sol. Mesmo com o tempo fechado, o cuidado deve ser redobrado por causa do sal. Isso mesmo, não é sol, é sal. Quer outra? Estresse desidrata. Logo, relaxe.


Dica da Juju: há muito, muito tempo criei uma série de alarmes para me lembrar que estava na hora de beber água. Fiz isso até me acostumar e virar rotina. Pronto. Problema resolvido.

E aí, já que estou falando de água novamente, esse bem precioso, que o Brasil sempre achou que teria indiscriminadamente e eternamente, começou a dar um sinal de veja bem, não é assim que a banda toca. A falta de água em São Paulo iniciou um monte de caça às bruxas e todo mundo até agora está querendo achar um culpado.

Sim, o governo paulista tem culpa no cartório, mas não é o maior deles. Tem outras questões, como a relação entre a falta de chuva e o desmatamento. Mas a verdade é que o principal culpado é o consumidor médio, ou melhor os 11 milhões de habitantes que usam água sem o menor critério, que a desperdiçam e que não estão nem aí para a necessidade de mudança de comportamento.


Na verdade estendo esse consumidor médio a quase todos os brasileiros. A sutil relação entre causa e efeito, misturada ao nosso consumo irracional de recursos naturais já está voltando contra nós mesmos. Passou da hora de procurarmos um culpado e tomarmos vergonha na cara para fazermos o que é de nossa responsabilidade.

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